Crônica
A morfina foi descoberta em 1803, pelo farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Adam Serturner, para alviar dores. Derivada do ópio, recebeu esse nome por causa do deus grego Morfeu "responsável pelo sono". Seu uso pode aliviar dores e dar uma sensação de prazer, por algumas horas, mas a ferida continua aberta e o pior, ela causa dependência tanto psicológica quanto física.
Bem que eu gostaria de fazer uma bela explanação sobre esse assunto, mas a droga que quero me referir é outra, futebol. Serei chamado de louco, mas não me importo, quero é emitir minha opinião sobre a copa do mundo 2018. Milhões de pessoas pelo mundo afora, param para ver suas seleções em campo. Naquele momento, nada mais importa, apenas o jogo.
Estamos às vésperas de uma eleição e por incrível que pareça, o mais cotado é um presidiário. Nos hospitais, pessoas morrem nas filas. Na economia, juros abusivos, os combustíveis, hum! Os caminhoneiros que o digam. Mas para toda essa dor, digo do brasileiro, a cada 04 anos tem uma dose de morfina, capaz de desobstruir a avenida paulista e lotar os bares.
Durante a guerra civil americana, 400 mil soldados voltaram para suas casas com dependência à morfina. Hoje se vê pessoas dependentes de uma competição, que tem sua premiação, ao campeão, investida em outros setores, menos na sociedade. Ou seja, ainda não me provaram que a premiação de um vencedor desses jogos, foi investida na educação, saúde ou segurança.
Sou patriota, canto todos os hinos oficiais da nação, inclusive o do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, força em que servi por 05 anos, e por amar meus país é que não crio expectativa em um time de futebol que serve apenas como morfina, alivia a dor, por um momento, mas não cura as feridas. O pior é que ainda tem seus efeitos colaterais, mas se o povo quer assim, então!
Comentários