Papai Noel erra endereço e causa confusão no natal

Nos festejos natalinos as pessoas costumam presentear seus entes queridos. O capitalismo agradece

                                                         Foto: globo.com


Crônica

Eu até que acreditava em mula sem cabeça, curupira, boi tatá, ET e outras crendices popular. Eu era criança e podia ser enganado pelos adultos, mas cresci e passei a entender as coisas da vida, isso é que foi chato. Sai da inocência e entrei em um mundo cruel onde as pessoas fazem de tudo para alimentar um sistema onde comprar e ter o novo é ser importante na sociedade.

Sei que seria apedrejado se eu falasse que Papai Noel não existe, principalmente nos Estados Unidos, então para não ser imputado nesse pecado vou apenas contar o que aconteceu. Antigamente o "bom velhinho" usava trenó puxado por renas e entregava os presentes em um saco grande, só que os tempos mudaram. Tentei fazer minha festa de natal à moda antiga com árvore enfeitada e presépio.

Quando fui cortar um pinheiro, o IBAMA me multou, me acusaram de desmatador. Nem ânimo para ir à loja comprar os presentes eu tive, então usei a internet. Comprei tudo o que eu queria, pedi para embrulhar para presente e entregar na minha casa. Paguei com o meu cartão de crédito. Fiquei tranquilo, pois o anuncio no site me garantia a entrega no prazo determinado.

No dia do natal, aguardamos a chegada do nosso papai noel e, nada. Anoiteceu e, nada. No dia seguinte entrei em contato com a empresa e alegaram que o entregador não conseguiu encontrar o endereço passado. Prometeram reenviar e o caminhão quebrou antes de chegar à minha cidade. Nisso o tempo passou e tive que registrar queixa no PROCON.

Moral da história. paguei o cartão de crédito, a multa no IBAMA, os honorários do advogado e ainda  aguentei meus filhos me chamando de pão duro, se nem uma festa de natal eu fiz. Fui procurar o conforto do capitalismo e me ferrei. Antes eu tivesse ido para a roça, pelo menos não teria que suportar a televisão patrocinando o natal e impondo as compras de fim de ano e ponto final.

Comentários

Anônimo disse…
festejos natalinos, não juninos...

João da Mata.