Já pensou se todos fossem médicos, quem seria o paciente? Ou se todos fossem políticos quem seria o eleitor?
Crônica
Foto: Google
Crônica
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Época de política é tanta promessa. Eu hei! Tô fora |
Inventei de fazer uma reforma na casa da minha mãe. Para economizar, preferi meter a mão na massa e realizar a obra eu mesmo. Veja só no que deu! Na hora de bater o prego na tábua, o martelo acertou em cheio meu dedo indicador da mão esquerda. Meu Deus, que dor! Tá rindo? Porque não foi em você. Depois fui subir no andaime e por pouco não cai.
Meu vizinho, que é pedreiro profissional, sorriu e disse: "deixa pra quem sabe!" Ele pensava que não teria troco. Certo dia, um cliente contratou o debochado para fazer um serviço e, pediu antes o orçamento. O coitado se atreveu a escrever e veja como ficou: "priciso de 2 taubas, 2 çacos di simento, 5oo brocos, area fina e groça e contrati 1 çelvente pra mi ajuda", escreveu ele.
Eu como çou, êpa! é sou, Pirracento, chamei o amigo e falei: "deixa pra quem sabe!" Lavei a alma. Depois disso, fui até a praça e vi um rapaz prometendo resolver todos os problemas sociais de Ibirataia. Imaginei: "Deus deve ter descido do céu", pensei enquanto caminhava até o local. Chegando lá, vi um pastor pedindo votos e pensei de novo: "até o povo de Deus já deu pra mentir".
Nesse meio tempo chegou um político e gritou de longe: "deixa pra quem sabe!" O pastor coitado, viu que mentir não era a sua praia se saiu de fininho. O político começou a falar: "se eu ganhar essa eleição eu vou comprar uma carruagem e levar todo mundo para o céu", prometeu o tal. O pastor vendo aquela cena, ficou furioso e bradou: "deixa pra quem sabe!"
Moral da história. Se você não sabe fazer determinada coisa não se meta onde não é chamado. Deus constituiu cada um com um dom especial e cabe a quem entender desenvolver o que lhe compete. Se o gari tem sua importância social, o médico tem a dele, o policial a dele e assim sucessivamente, pra quê, candidatos despreparados pedindo votos? "deixa pra quem sabe" e ponto final.
Roger Bahia
Um jeito diferente de fazer notícia
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