Futebol e mãe caminham lado a lado

Crônica
         Foto: Google
O futebol é capaz de fazer a ligação entre mães e filhos, mesmo que pra isso elas tenham que entrar em campo
Em São Paulo o baiano Natan assistia ao jogo Santos X Guarany, mas torcia pelo Vitória que enfrentava o Bahia em Pituaçú (Salvador). Em pleno dia das mães o futebol roubava a cena e pra elas, os bambinos nem lembravam de dedicar o carinho merecido pelas matriarcas. Gooool! Gritava o Neto Baiano do Vitória, imagino o que a mãe dele falou: "este é o meu menino".

Em Sampa, a leitora do Blog Expresso, Delma gritava com sua filha Eva: "não faça isso, deixe o Natan ver o gol do Neymar!" Pouco depois em Salvador, o Fael (Bahia) soltava o brado de Gol. Era o empate do Baêa, enquanto a Delma gritava com a Claudia sua outra filha: "não quebre o vaso!" De grito em grito o dia das mães foi finalizado com uma explosão que não acontecia há 11 anos.

"O Bahia é campeão!" A fanática "Bamor" fazia a festa nas ruas de Salvador, mas afinal e as mães? A do Roger Bahia aguardou um simples telefonema, mas o treinador do Expresso estava em Pé de Areia vendo o empate do seu time em 2 X 2 contra a escolinha de Tonho Galera. No gol de pênalti do garoto Alex o oferecimento foi para as mães, então elas foram lembradas!

As mamães dos torcedores do Vicetória, coitadas, sofreram duas vezes: o esquecimento dos filhos ao seu dia e por ver seus bambinos chorando a perda do título. Delma vibrava na terra da garoa. Por telefone o alucinado treinador do Expresso gritava: "esse gol em sua homenagem!" Enquanto umas sorriam outras choravam, claro! Um dia é da caça e outro é do caçador.

As mamis dos torcedores do "Jahia" choraram por uma década e a Delma chorou por 26 anos. Mas o que é pior, ver a mãe do Neymar vibrar com os gols do filho em cima de um modesto Guarany, ou saber que a Delma foi afastada do seu amor por causa da sua mãe? Confusões à parte, nesse clima de futebol e dia das mães, no final deu tudo certo.

As matriarcas pensaram que seus filhos haviam esquecido delas e os bebês amantes do futebol dedicavam cada grito de gol, em homenagem a quem merece todo carinho e dedicação. Amar futebol é comum para o brasileiro. Amar a mãe é comum para o ser humano então posso afirmar que futebol e mãe caminham lado a lado e ponto final.  

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