Lama preta no campo de Jauá

Crônica
                         Foto: Ilustrativa (Google)
A lama pode significar desafios, sujeiras ou morada de vermes
Os rodoviários anunciaram greve, a chuva caiu forte na região metropolitana e eu fiquei sem saber se de fato aconteceria a rodada de abertura do campeonato de Jauá. Nem Capenga, o mesário do GRALT, sabia o que estava acontecendo por lá. Depois de tudo confirmado, veio a preocupação: "e se chover de novo, o campo vai ficar escorregadio!"

Minha intuição estava correta, mas não foi o gramado que ficou liso, o que mais chamou a minha atenção foi a mobilidade que os santinhos tinham em escorregar dentre os torcedores e até dos jogadores para a garantia dos votos de quem estava alí só pra ver um espetáculo futebolístico. Era tanto sorriso, tapinhas nas costas, apertos de mão e promessas de um futuro melhor.

Eis que de repente, apita o árbitro! Era Antônio José chamando as equipes. "Êpa, começa esse jogo seu juiz!" Cobrava a torcida. "Só depois que os ratos escorregadios sairem de campo para não jogarem lama preta nos donos do espetáculo, os jogadores", acho que foi isso que o árbitro pensou quando retardou o início da partida.

As camisas dos atletas eram brancas e ficaram sujas com tanto cai-cai, mas o que ficou manchado mesmo foi o brilho da festa e só não piorou porque o presidente do clube dos 30, Djalma tomou as rédeas da situação e solicitou educadamente que os quiabos gosmentos se retirassem e não permitiu que os caras intervissem mais no evento.

O sol finalmente brilhou e as estrelas da comissão organizadora do campeonato reluziram uma luz jamais vista em outra galáxia. A lama atrapalha, tudo bem, concordo! Mas o que seca o lodo é a chama ardente da organização de um pessoal que fecha os olhos para a politicagem. Parabéns ao clube dos 30 pela capacidade que tiveram na limpeza do campo. Sai fora lama preta e ponto final.

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