Ex-cambista fala da antiga Fonte e sua expectativa para a Nova Arena


O comerciante Elvis Luiz lembra da sua atuação no comércio informal, conta um pouco da história da Fonte Nova e diz como se deu bem na vida.
                                          Foto: Roger Bahia
Elvis em seu estabelecimento no coração da cidade
 A copa de 2014 se aproxima e os estados brasileiros escolhidos para servirem como sede para as seleções preparam seus estádios. Salvador é uma das capitais contidas na lista da FIFA.  A maior praça esportiva da Bahia estava precisando de reformas, mas a opção final foi a demolição do velho gigante.
Em dias de jogos na capital baiana as ruas da cidade ficavam movimentadas com os apaixonados pelo esporte que arrasta multidões, o futebol. O estádio da Fonte das pedras foi palco de grandes jogos, gerando receita para clubes, governo do estado e trabalhadores informais (cambistas e outros).
História da Fonte Nova
1º Jogo: Botafogo (BA) 1 X 1 Guarany (BA)
1º gol: Nelson (Guarany)
Data: 28/01/1951
Capacidade: 68 mil torcedores
Recorde de público: Bahia 2 X 1 Fluminense (RJ) em 1988, com 110.438 espectadores

Na tarde do domingo 25/11/2007, por volta das 5h30. O Bahia jogava contra o Vila Nova (GO). O placar em 0 X 0 classificou o time baiano para a série B, mas o troféu que o torcedor guarda até hoje é o lamento pelas 8 vidas que se foram. A fonte havia secado para alguns, mas para outros, nascia à esperança de um futuro melhor.

Torcedores de Bahia, Vitória, Leônico, Ypiranga, Galícia, Redenção e times do interior, viveram grandes emoções no palco em forma de ferradura. Depois do lamentável acidente o governo do estado decidiu construir em seu lugar, uma Nova Arena esportiva.
Cambista bem sucedido
O comerciante Pernambucano Elvis Luis conheceu o estádio através da venda de ingressos (Cambiação): “o que mais me chamou à atenção foi aquele formato antigo dela (a Fonte Nova)”. O jovem rapaz de 42 anos tinha ligação com o futebol apenas com fins comerciais. Por longo tempo, trabalhou vendendo bilhetes e diz não gostar de futebol.
                                 Foto: Divulgação/Google
A ferradura dos grandes espetáculos
“Eu só assisti a um jogo na fonte. Foi uma vez que levei minha família para ver Bahia X Sport (PE), mas nem lembro quem ganhou”. Disse ele. Com a interdição da praça de esportes Elvis foi vender produtos importados do Paraguai: “depois de algum tempo eu percebi que o negócio na Avenida Sete não ia bem”. Falou o empresário.
                                                        Foto: Roger Bahia
Avenida Joana Anjélica em Salvador
Ele conta como tudo aconteceu: “Eu tive uma visão de montar um comércio de água mineral e graças a Deus está indo bem”. Afirmou o torcedor do Sport de Recife e simpatizante do Vitória. A sua ligação com o estádio ficaria mais forte com a abertura da sua loja ao lado do centro esportivo que está em construção.

                                                        Foto: Roger Bahia
 Elvis Luis em sua loja
“A minha expectativa para o novo estádio é que o turismo cresça e melhore as nossas vendas. Depois que fechou a Fonte, as Ruas ficaram desertas em dias de jogos”. Lembrou Luis. Ele veio fazer uma visita e já está há 15 anos em Salvador.
Seu comércio está na Avenida Joana Anjelica, desde o início de 2010. Elvis têm 6 funcionários e exibe com orgulho a camisa do Flamengo que recebera como presente de um deles: “eu não sou muito ligado ao futebol, nossa relação é apenas comercial”. Concluiu.

A nova Arena

Foto: Goole
O consórcio formado pela OAS e Odebrecht promete entregar as obras prontas em Dezembro de 2012. De acordo com matéria do Jornal A Tarde, o valor orçado para construir a Nova Arena esportiva é de 591,7 milhões de reais.
Em nota publicada no Portal Abrantes a polícia, em conjunto com os presidentes de clubes estão montando um esquema para acabar com a venda de ingressos nas portas dos estádios (Cambistas).

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