Foto: Roger Bahia
Verônica e sua filha Bianca aos 3 meses de idade
Por Roger Bahia
Existem algumas frases que tentam traduzir o amor de uma mãe para o seu filho, mas nenhuma delas é capaz de mostrar o que se passa no coração de quem recebeu de Deus a condição de gerar outra vida e transportar no ventre durante nove meses.
Na cidade de Várzea da Roça no interior baiano, aconteceu uma história que reforça a existência do amor incondicional, sem querer nada em troca. O conto revela também a existência de um Deus amoroso e que ouve as orações de quem o busca.
Verônica Nunes da Silva tinha 15 anos quando conheceu Vailson Carneiro da Silva dois anos mais velho que ela. Os adolescentes estudavam no colégio Padre João Farias na mesma cidade. Isso aconteceu no dia 16/08/99, com a ajuda do destino implacável.
A moça era do turno vespertino e o rapaz do noturno, mas este romance já estava escrito e tinha que acontecer, para que o nome de Deus fosse glorificado através do fruto desse amor. Como por acaso se conheceram e começaram a namorar.
Após quatro anos e três meses de namoro resolveram se casar. A cerimônia foi no dia 26/10/2003 e um filho completaria a felicidade da nova família, mas a medicina viria contrariar os planos do casal e Deus entraria para contrariar os relatórios médicos.
A primeira gravidez
Em março de 2008, a pedagoga Verônica procurou o serviço de emergência hospitalar: “eu nem sabia que estava grávida, pensei que era só uma hemorragia, mas o médico me disse que eu tinha acabado de perder um bebê, o feto tinha 2 meses”. Contou ela.
Vailson até então, não sabia o que estava acontecendo, quando ele chegou em casa e viu sua esposa arrasada perguntou: “o que é que tu tem menina?” Após relatar todo o acontecido os dois ficaram em profunda tristeza, mas a vida tinha que continuar.
A professora que atualmente trabalha como representante comercial, não desistiu do sonho de um dia poder gerar um filho. Mas, no diagnóstico do ginecologista ficou constatado que ela não poderia dar à luz a filhos, devido ao útero ser infantil.
A moça de estatua média, pele clara, olhos castanhos e cabelos encaracolados, conta o que fez quando soube da notícia: “Eu chorei bastante e perguntei a Deus, por que eu? Resolvi então, descansar no senhor e entregar minha causa em suas mãos”. Disse.
Foto: Roger Bahia
Verônica, Bianca e ao lado a foto de Vailson
A segunda gravidez
Em sete dias Deus criou a terra e tudo o que nela há. Sete anos após o casório foi o tempo estimado para a transformação do útero da mamãe e ao sétimo mês de 2010 (Julho), foi gerada a semente do fruto da perseverança de quem acreditou em Deus.
Durante uma ultrassom morfológica realizada na cidade de Feira de Santana o especialista Marcílio leite a examinou e disse: “seu bebê tem uma má formação e por isso não pode ser gerado. Perante a lei você pode abortar.” Relatou o ginecologista.
Verônica tinha fé que o espírito Santo faria uma obra milagrosa em sua vida. Ela desobedeceu ao doutor e resolveu fazer o pré-natal em Salvador com o médico João Medina. Ela aceitaria o filho da forma que nascesse, o amaria independente de beleza.
O milagre
Se ao sétimo dia Deus descansou da sua obra, assim aconteceu com Verônica. No sexto dia da primeira semana de março (sexta-feira 04/03/2011), nasceu Bianca de uma cesariana bem sucedida às 3h15 da tarde no hospital Geral Roberto Santos em Salvador.
Somando o dia e o mês do nascimento da menina chegará ao número sete. Assim a garota veio ao mundo, perfeita como a imagem e semelhança do criador. No sábado do senhor a mamãe pode descansar e saber que Deus tudo pode.
No dia 11/06 (Domingo), a contemplada pelo milagre estava na igreja Assembléia de Deus da Estiva de Buris de Abrantes em Camaçarí contando seu depoimento. Lágrimas foram vistam nos olhos de alguns membros da congregação.
“Foi uma festa na maternidade, todas as enfermeiras queriam ver a menina que os médicos diziam que ia nascer deformada. Aqui está a minha filha linda e perfeita para honra e glória do senhor Jesus”. Falou emocionada.
O esposo Vailson não estava, mas ela falou um pouco do marido que trabalha como inspetor na mesma escola onde se conheceram. Ele é alto, loiro, olhos castanhos claros pesando 80 Kg: “Ele é de muita atitude”. Concluiu Verônica feliz e agradecida a Deus.
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