Objeto de descarte

Em atenção a mais uma história do nosso leitor, não postaremos hoje o capítulo de "O anjo bom". Não perca amanhã (Quinta 21) mais um episódio da sua novela da vida real.

Olá Roger,

Acompanho as postagens em seu blog e estou achando bacana a maneira como você fala sobre o amor. Gostei da forma como respondeu a história enviada pela leitora que precisava desabafar. Me encontro na mesma situação, por isso resolvi escrever-te.

Pode me chamar de Jane para facilitar a identificação. Tenho 42 anos e me casei aos 22, com um rapaz 1 ano mais jovem que eu. Convivemos 18 anos bem, até que um dia ele decidiu me abandonar. 3 meses após sua saída,  retornou  querendo a reconciliação.

Sou louca por ele, mas não quero dar o braço a torcer. Sei que ele não me quer, o interesse é apenas sexual. Segundo ele; eu faço muito bem. Roger, não sei o que fazer. Temos 3 filhos, um rapaz de 17, outro de 16 e uma garota de 9 anos.

Trabalho e sou independente. Preciso da ajuda dele, mas não me faz diferença. Às vezes sinto tanta vontade de estar com ele, mas ao mesmo tempo fico com ódio dele ter me abandonado com os três meninos. Obrigado por ler o meu desabafo. Me responde.

Resposta:

Querida Jane, fico lisonjeado com palavras tão bonitas. Este sempre foi o meu sonho, emprestar o ombro amigo a que precisar e neste momento, você acaba de solicitar. Me coloco à sua inteira disposição, afinal, gosto de fazer isso.

Seu caso é complicado. Tem um ditado que diz: “Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, mas quando se pede, é permitido. Analise a importância de um pai na presença dos filhos ainda criança. Eles vão precisar do apoio e carinho do genitor.

Se a convivência entre vocês dois não dá certo, pelo menos aguarde até os filhos ficarem adultos. Agora não é hora de pensar só em você. As crianças não têm nada com os problemas dos pais. Pense nisso e tome sua decisão você mesma.

Bom seria que ficassem juntos a vida inteira, mas como você falou; ninguém é obrigada a servir como objeto de descarte. Me lembro de uma música que diz assim: “precisamos morar na mesma casa e dormir em camas separadas, até que os nossos filhos cresçam”...

Se de fato houve mudanças nele, você terá tempo suficiente para descobrir, até seus filhos se casarem e formar suas próprias famílias. Sucesso e muito obrigado por ser minha leitora. Precisando estou aqui. rogerbahia70@hotmail.com

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