O cordel pode ser acompanhado com viola
Foto: rafaels.ol.wordpress.com
A
literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses.
Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos
encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do
Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De
custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios
autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas,
Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom
humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da
cidade ou da região.
Os principais assuntos retratados nos livretos são:
festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos
de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc. Em algumas situações, estes
poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do
público.
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso
até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha
escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves
Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da
Silva)
Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo
Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira. Vários
escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre
eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e
Guimarães Rosa.
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